¡Todo Saldrá Bien!

Recebi o texto abaixo via e-mail e o escolhi como minha mensagem de Natal para postar no blog.

Gostei de pensar (e repetir como mantra) que tudo vai dar certo!!!

"Puede que en Copenhague no se arregle el mundo. Que Haidar no vuelva a casa todavía. Que este año tampoco puedas irte de vacaciones a la otra punta del mundo. Puede que las luces de Navidad y las aglomeraciones y los villancicos te aburran. Que se haga de noche a las cinco de la tarde. Que las cosas no hayan salido como esperabas, como deseabas o como te habías imaginado. Pero ya llegan esas fechas en las que todo se detiene, tienes un poco más de tiempo para ti y para los demás, y al fin y al cabo todo depende de lo que elijas. Regala abrazos en vez de perfumes, sonrisas en vez de móviles táctiles, historias en vez de best-sellers. Sal a dar un paseo por la ciudad el 24 de diciembre por la noche y disfruta de su silencio. Siéntate en cualquier sitio con amigos y buscad ideas para cambiar el mundo. Seguro que alguna toma forma, y entonces podrás repetir con nosotros (y ellos): todo saldrá bien. Todo. Saldrá. Bien."

LeCool Magazine. Madrid Selected*290

Textos ao acaso (ou não)

quem tem
nesse mundo da ciência
ainda a coragem
de ter uma
opinião própria!*

*Dieter Roos, poeta e artista plástico. Nascido na Alemanha, vive em Minas desde a década de 70. Encontrei suas palavras (ou melhor, suas palavras me encontraram) no Leitura para Todos do 2102.
And his words really make sense!

Muitos livros e um verão pela frente

Hoje é Domingo. Pé de cachimbo.

Começo o dia cedo. Para o Francisco, tanto faz se é dia últil ou fim de semana. Acordar depois das 8h, nem pensar :-)

Uma pilha de livros se assoma à minha frente e junto dela as peças do lego do Francisco. Ambas disputam minha atenção e, quase sempre, o lego vence!

Foi-se o tempo em que estudar no fim de semana era possível. Bom, pelo menos estudar quando quero. Fico dividida entre a vontade de ler mais um capítulo e fazer minhas descobertas teóricas e a alegria contagiante de sair com o Francisco para passear e ver as descobertas empíricas que ele faz.

E assim inicio novembro, entre praças ensolaradas e a luz fria das lâmpadas fluorescentes. Com muitos livros e um verão pela frente.

Meu melhor projeto!

Esta semana, eu e Rafael fomos assistir a uma palestra sobre a proposta pedagógica da escola que escolhemos para nosso filho. E, lá no meio da fala do diretor da escola, um vovô muito simpático, comecei a pensar no futuro, nos projetos e sonhos.

Quando a gente pensa em colocar o filho na escola, já começam a brotar as primeiras sementinhas das expectativas: O que ele vai ser quando crescer? Vai gostar de matemática ou português?  Eu sempre gostei mais das letras e, sobre meus sonhos, quando criança, queria ser cientista, bailarina, professora, artista... até acho que hoje em dia sou um pouco de cada coisa...

Mas, voltando ao Francisco, mais que pensar no que ele vai ser quando crescer, fiquei pensando no mundo que ele vai encontrar quando for grande. Será que ainda vai existir Vestibular? Quais serão as exigências do mercado? Qual será a grande potência mundial? Afff... só mesmo com uma bola de cristal para responder.

Nesse momento, voltei a ouvir a fala do diretor que dizia que lá na escolinha poderíamos ficar tranquilos, pois, além da proposta pedagógica super super, as crianças teriam garantidos afeto e atenção. Foi aí então que o turbilhão das expectativas deu uma acalmada. Senti alívio por saber que, de certa forma, a receita para fazer crescer um ser humano feliz, bem sucedido e pronto para o mundo, é bem mais simples do que imaginamos e não muda, desde que o mundo é mundo!

Dia de chuva, guarda-chuva de idéias

Hoje Belo Horizonte amanheceu cinza... meio londrina...(será isso um sinal?)

Tempo ruim do lado de fora, tempo bom aqui dentro para escrever.

Aproveito este segundo post, meio atrasado, para falar do projeto de pesquisa.

Afinal de contas, para começar a interagir é preciso criar o contexto comum. Dar o ponto de partida.

Nosso projeto põe em dicussão dois conceitos: o de ciência e do tecnologia! Mais especificamente a relação entre o uso de tecnologias de informação e comunicação e a prática científica contemporânea. No "uso" incluimos desde as ferramentas de busca, os e-mails, os fóruns de discussão, até sofisticados softwares para coleta, tratamento, e disseminação dos dados usados por pesquisadores distribuídos pelo globo. A esse tipo de ciência, deu-se o nome de e-Science e, mais recentemente, de e-Research.

Porém, nossa pesquisa não fará um mero registro desse uso. Nossa preocupação vai além da constatação da presença (ou ausência) dessa infra-estrutura tecnológica, mas volta-se para os pesquisadores e para a natureza da prática científica que emerge nesse contexto. E, cientes da facilidade que as ciências ditas "duras" têm para introduzir tecnologias em seu fazer científico (não havendo aqui nenhum juízo de valor), daremos especial ênfase ao universo das ciências sociais e humanas, procurando compreender as novas dimensões que emergem com a introdução (ou pela possibilidade de introdução) de mediações tecnológicas na prática desses pesquisadores.

A descoberta

Este blog (como qualquer outro blog) surge com o objetivo de ser um espaço de liberação de idéias, sentimentos e desabafos que permeiam vida de uma pesquisadora. Sim, pesquisadora! Esse é o rótulo que me cai bem e que mais completamente me define. Sinto-me confortável dentro dele.

Para quem me conhece (mas me conhece de verdade) sabe que é um feito e tanto eu chegar e poder dizer: sou isso. Logo eu que faço de tudo um pouco, sempre com aquele ditado cruel pairando no ar: quem faz muita coisa, acaba não fazendo nada direito...

Sou pesquisadora, mas não uma pesquisadora de laboratórios e pipetas, sou cientista social. Humm, sei... alguns irão dizer, olhando meio torto. Mas o que é ser cientista social e, mais ainda, o que é ser cientista da informação? Bom, essa pergunta, vou deixar pra mais tarde. Até porque ainda tenho algumas dúvidas e questionamentos antes de começar a delinear uma possível resposta.

O fato é que estou no doutorado, bem na metade (tá bom, já passei um pouco da metade). E, agora, começa a fase da pesquisa de campo. É hora de encarar o objeto, fazer as perguntas embaraçosas (que a Cida bem gosta), testar as hipóteses, observar, interagir, refletir e escrever...

Daí que este blog funcionará como meu caderno de notas, meu diário de viagem, meu companheiro nessa aventura que é fazer ciência no século XXI.

E da imensa lista de tarefas que tenho a minha frente, retiro o compromisso da postagem inaugural do blog. Feito! As outras virão com menos pompa :-)